Polícia Civil ouve vice-diretora e aluno de escola onde menino foi agredido e morreu no litoral de SP

  • 23/04/2024
(Foto: Reprodução)
Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido pelas costas por outros estudantes na Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP), e morreu depois de alguns dias. Polícia Civil espera o laudo da perícia para definir a linha de investigação. Polícia ouve aluno e vice-diretora de escola onde menino foi agredido e morreu A Polícia Civil começou a ouvir funcionários e estudantes da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, em Praia Grande (SP), onde Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido pelas costas e depois morreu. Os policiais aguardam o laudo da perícia para definir a linha de investigação do caso. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. Carlos Teixeira morreu no dia 16 de abril. Estudantes pularam sobre as costas dele no dia 9 de abril dentro da escola estadual. Os sintomas do adolescente se intensificaram no dia 15 e o pai decidiu levá-lo à UPA Central de Santos (SP), onde ele precisou ser internado e entubado. No dia seguinte, ele foi transferido para Santa Casa de Santos e morreu após três paradas cardiorrespiratórias. A vice-diretora da escola estaudal foi até o 1° Distrito Policial de Praia Grande e foi ouvida. Segundo a Polícia, o depoimento pouco acrescentou as investigações. Polícia Civil ouve vice-diretora e aluno de escola onde menino foi agredido e morreu no litoral de SP Reprodução/TV Tribuna e Arquivo pessoal Um estudante que agrediu Carlos, no dia 19 de março, antes de outros estudantes pularem em cima dele, também foi ouvido na delegacia. Ele afirmou não conhece o rapaz que agrediu o menino no dia 9 de abril, a última agressão antes da morte. A Secretaria de Educação do Estado foi oficiada para que o diretor e professores, principalmente, os que davam aulas na sala do Carlos, sejam ouvidos. O pai do menino também deve prestar depoimento ainda nesta semana. A Polícia Civil espera o laudo da perícia para definir a linha de investigação. Os policiais apuram se houve de um homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. Carlos Teixeira, de 13 anos, foi agredido por estudantes em Praia Grande (SP) Arquivo Pessoal Relato do pai O pai dele, Julisses Fleming, afirmou que o filho era saudável e acredita que a morte aconteceu em decorrência da agressão sofrida. Julisses afirmou que os médicos disseram que a suspeita era de que a causa da morte seria uma infecção no pulmão. O g1 teve acesso à declaração de óbito de Carlos Teixeira, que apontou a causa da morte. A equipe de reportagem apurou também que o documento servirá como 'base' para o atestado de óbito - que pode apontar a morte em decorrência de agressões - e que leva de 30 a 90 dias para ficar pronto (confira, mais adiante, a explicação de um médico sobre broncopneumonia bilateral). Vídeo mostra adolescente sendo agredido em escola no litoral de SP Bullying O estudante sofria bullying com frequência e já tinha sido agredido em outras oportunidades. Um vídeo obtido pela equipe de reportagem mostra um dos episódios em que o garoto foi vítima dentro da unidade escolar (assista acima). As últimas palavras de Carlos Teixeira foram sobre o medo que ele tinha de morrer. Julisses contou à equipe de reportagem que, no hospital, mesmo com fortes dores nas costas e dificuldades para respirar, o menino agradecia aos médicos e a Deus. Minutos antes de Carlos morrer, no entanto, o homem contou ao g1 que precisou acalmá-lo. O adolescente passou a dizer repetidamente que tinha medo de partir. "Me sinto acabado e destruído", afirmou o pai. Mãe diz que filho foi espancado por sete alunos na mesma escola onde Carlos Teixeira, morto aos 13 anos, foi agredido pelas costas Arquivo Pessoal e Reprodução Outras agressões A mãe de um adolescente de 14 anos alega que o filho foi espancado por sete colegas na mesma escola onde Carlos Teixeira, o menino que morreu após dois estudantes pularem sobre as costas dele, foi agredido. Ao g1, a mulher contou, nesta segunda-feira (22), que os 'ataques' acontecem com frequência em um banheiro da unidade estadual em Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ao g1, Tatiane Boeno, mãe do estudante de 14 anos, afirmou que o filho foi espancado, com tapas e pontapés, duas vezes em um único dia dentro da mesma escola onde estava Carlos. As agressões, segundo ela, aconteceram em um dos banheiros e em uma 'sala de cinema' da escola. O menino ficou com hematomas e arranhões pelo corpo, ainda de acordo ela, por conta dos episódios. Seduc-SP A Secretaria de Educação do Governo de São Paulo informou que o vídeo da agressão foi gravado no dia 19 de março. "A Pasta repudia toda e qualquer forma de agressão e de incitação à violência dentro ou fora das escolas. Na época, ao tomar ciência do caso apresentado, a gestão escolar acionou Conselho Tutelar e os responsáveis do aluno. Também registrou o ocorrido no aplicativo do Conviva". A Seduc ainda afirmou que lamenta profundamente o falecimento do estudante. "A Diretoria de Ensino de São Vicente instaurou uma apuração preliminar interna do caso e colabora com as autoridades nas investigações". A Prefeitura de Praia Grande disse que lamenta profundamente a ocorrência com um aluno da Escola Estadual Júlio Pardo Couto, no Bairro Nova Mirim. A Administração municipal se solidariza com os familiares e amigos do jovem. A Prefeitura solicitou junto a secretaria de Estado uma apuração completa dos fatos, já que a unidade de ensino é estadual. A administração municipal explicou ainda que também já está analisando todos os procedimentos adotados no atendimento efetuado no pronto-socorro da Cidade. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/04/23/policia-civil-ouve-vice-diretora-e-aluno-de-escola-onde-menino-foi-agredido-e-morreu-no-litoral-de-sp.ghtml


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